segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Will we get out of this little hell

Little Hell - City and Colour

What if I can't be all that you need me to be
We've got a good thing going, we have some promises to keep
But my addiction it can be such a detriment
Please believe in this my dear, I am more than penitent

What if everything's just the way that it will be
Could it be that I am meant to cause you all this grief
My war ships are lying off the coast of your delicate heart
And my aim is steady and true as it's been right from the start

There's a degree of difficulty in dealing with me
From my haunted past comes a daunting task of living through memorie
If we could just hang a mirror on the bedroom wall, stare into the past and forget it all

So when we leave it'll be a quick midnight escape
We'll disconnect ourselves from all of yesterday
I'll dig for water and fashion our very own wishing well
Then we'll throw our coins down hoping to rid of us of this little hell

There's a degree of difficulty in dealing with me
From my haunted past comes a daunting task of living through memories.
If we could just hang a mirror on the bedroom wall, stare into the past and forget it all

Will we get out of this little hell

Eighteen

So there goes my life
Passing by with every exit sign
It's been so long
Sometimes I wonder how I will stay strong
No sleep tonight
I'll keep on driving these dark highway lines (...)

Agosto, 21.
Dezoito anos de fracasso, dezoito anos fingindo, dezoito anos criando falsos sonhos e desejos não realizados.
Dezoito anos de arrependimentos. Talvez esteja na hora de acabar tudo isso.

How many hearts will die tonight?


quinta-feira, 26 de abril de 2012

TRISTE - Tati Bernardi


Ficar triste é sempre pela primeira vez. Já fiquei triste tantas vezes, mas nunca assim. Porque o “assim” de ficar triste é sempre pela primeira vez. Já fiquei mais triste do que estou agora, mas nunca tão triste. Porque o “tão” de ficar triste, quando é tristeza mesmo, é sempre arrebatador e assustador e é pela primeira vez. É sempre com o peito virgem e assustado e infantil que ficamos tristes. É sempre com cinco anos, com fome, nus, gelados, segundos antes de morrer de falta de sentido por ter nascido.
A tristeza é uma criança de rua com uma faca apontada pra falta de amor que o mundo ofereceu pra ela. Uma meleca no nariz que nenhuma mãe limpou se transformando nos olhos de um adulto assassino. A tristeza é um pedaço de vidro numa mãozinha pequena. A tristeza é um anjo que não arrumava ninguém pra poder agir como um anjo e foi ficando bem diabólico. A tristeza é ter que comer um risoto caro, com amigos felizes, quando só se quer vomitar no banheiro de casa, sozinha. E triste.
Eu quero vomitar tudo. A água, a saliva, a língua, o seco da garganta, a amígdala, o apartamento de milhões de metros quadrados vazios que virou o meu peito. Quero vomitar minha pele, meus olhos, meu fígado, meus horários, minhas listas de vontades. Eu quero tudo fora, tudo fora. Eu quero eu fora. Eu quero ir pra fora de onde está tão devastado e de onde eu tinha pintado tudo de azul pra te ver sentado bem no centro. No centro do meu peito, você, com a luz azul da minha esperança.
A tristeza me fez um milhão de vidas essa semana. Um milhão de almoços e jantares e projetos. Eu sorrindo, implorando às distrações que me levem, que façam remendos em meu peito perfurado pela violência do ar que não assovia mais os seus sons.
A tristeza me fez cortar o cabelo e pintar de loiro. E me fez aumentar os pesos do pilates. E me fez prometer alguma sedução para alguém que jamais receberá nada de mim. Não existe nada mais triste do que essas coisas de dar a volta por cima e essas coisas de tocar o barco e essas coisas de sacudir a poeira e essas coisas medonhas que a gente fala ou pensa ou ouve. A tristeza são frases vazias e feitas e tediosas saindo de bocas vazias e feitas e tediosas.
A tristeza me fez repartir o calmante no meio. Tomar um. E tomar o outro. Porque nem calmante eu to suportando ver pela metade. Que pelo menos no limbo da minha mente triste alguma coisa possa viver inteiramente.
A tristeza é uma parede, uma geladeira, um computador, um telefone, uma televisão, uma cama, um elevador, um carro. A tristeza são as ruas, os jornaleiros, as pessoas gordas atravessando, as pessoas magras atravessando. A tristeza é o cinza, o vermelho, o azul, o transparente. A tristeza é a próxima música, a próxima seta pra direita, a próxima seta pra esquerda. A tristeza é o ar que sai e o ar que entra. A tristeza é o segundo de ar que se perde e fica mais um tempo. A tristeza é dizer que são cinco dias, são seis dias, são sete dias. A tristeza é a nossa última vez juntos fazendo quinze dias, dezesseis dias, dezessete dias. A tristeza é o amor ter acabado sem ter acabado. É não saber o que é amor e não saber o que é acabar e não saber o que é não acabar. A tristeza só sabe que é triste e todo o resto ela só tenta saber, mas fica louca e desiste. A tristeza é de uma simplicidade que a torna ainda mais triste.
A tristeza é qualquer posição sentada ou em pé ou deitada. A tristeza é deitar e levantar. Tentar ou desistir carregam a mesma tristeza das coisas que não existem. Minha pele toca no pano, na água, na tela, uma mão toca na outra. Todos os toques são tristes. Todas as posições são tristes. Amanhã será triste, ontem foi triste. Hoje é o dia mais triste do mundo.
É porque eu tenho medo de dirigir até o Morumbi no escuro? É porque eu uso pijama feio pra dormir? É porque eu sou egoísta e louca e tenho um dente torto? É porque eu ria de você e ria das suas coisas e ria das suas músicas e ria de nervoso porque eu gostava tanto de você que odiava você? É porque eu criei sete mil muros pra receber alguém mas queria esmurrar até sangrar o seu único muro como se você também não fosse humano? Ou é só porque é assim mesmo? Assim: finito, simples e triste demais.
Hoje elegi o mais triste de tudo. É o banquinho que guardava a sua bolsa de carteiro e que não guarda mais nada. Ele agora é só o que era mesmo pra ser: um banquinho. Limpo, solitário, imponente, em sua nobre função de banquinho.
Sua triste, desgraçada, branca, idiota e livre função de banquinho.
“— É pecado sonhar?
— Não, Capitu. Nunca foi.
— Então por que essa divindade nos dá golpes tão fortes de realidade e parte nossos sonhos?
— Divindade não destrói sonhos, Capitu. Somos nós que ficamos esperando, ao invés de fazer acontecer.”


Dom Casmurro - Machado de Assis

quinta-feira, 12 de abril de 2012

I don't want to live in a world where faces change from day to day. I don't want my life to be so full of doubt and misery.

domingo, 8 de abril de 2012

Wonderwall

Há muitas coisas que eu gostaria de te dizer
Mas não sei como

Because maybe
You're gonna be the one that saves me
And after all
You're my wonderwall

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Take me out tonight

Take me out tonight
Where there's music and there's people
Who are young and alive (...)
Take me out tonight
Take me anywhere
I don't care, I don't care, I don't care

Wish you were here

How I wish, how I wish you were here
We're just two lost souls
Swimming in a fish bowl,
Year after year,
Running over the same old ground.
What have we found?
The same old fears
Wish you were here

segunda-feira, 2 de abril de 2012

quinta-feira, 29 de março de 2012

Radiohead - Fake Plastic Trees

chelsea smile

Eu não aguento mais essas crises internas, crises existenciais. Eu não consigo mais fingir que está tudo bem, não consigo ser alegre o tempo inteiro, e, convenhamos, eu não tenho obrigação nenhuma. Mas então, por que  eu me forço a ser assim? Por que eu não consigo parar de perder o controle?
Eu desisto de mim.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Your heart is an empty room

Another brick in the wall


I don't need no arms around me
And I dont need no drugs to calm me.
I have seen the writing on the wall.
Don't think I need anything at all.
No! Don't think I'll need anything at all.
All in all it was all just bricks in the wall.
All in all you were all just bricks in the wall

terça-feira, 20 de março de 2012

Girls - 'Honey Bunny'

Lauren Marie

It isn't to sit around and think about the awful things that get you down.
You've gotta try to wear a smile no matter hard it can be to do.
I could make myself go crazy crying over times I've chased my broken dreams.
But what is life without dreams? And even I know dreams can stille come true.

segunda-feira, 19 de março de 2012

domingo, 18 de março de 2012

Emotional Rollercoaster

Miserable, Happy, Sad, Angry, Confusion, Impulsive, Kind, Courageous, Certain, Positive, Loving, Anxious, Annoyed, Bitter, Depressed, Pessimistic, Empty.
Now, I'm feeling lost inside myself.

sábado, 17 de março de 2012

terça-feira, 13 de março de 2012

”(…)sentou-se para descansar e em breve fazia de conta que ela era uma mulher azul porque o crepúsculo mais tarde talvez fosse azul, faz de conta que fiava com fios de ouro as sensações. faz de conta que a infância era hoje e prateada de brinquedos, faz de conta que uma veia não se abrira e faz de conta que dela não estava em silêncio alvíssimo escorrendo sangue escarlate, e que ela não estivesse pálida de morte mas isso fazia de conta que estava mesmo de verdade, precisava no meio do faz de conta falar a verdade de pedra opaca para que contrastasse com o faz de conta verde-cintilante, faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade, faz de conta que estava deitada na palma transparente de Deus, não Lóri mas o seu nome secreto que ela por enquanto ainda não podia usufruir, faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte, faz de conta que ela não ficava de braços caídos de perplexidade quando os fios de ouro que fiava se embaraçavam e ela não sabia desfazer o fino fio frio, faz de conta que ela era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos, faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua pois ela era lunar, faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão, faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta, faz de conta que se descontraía o peito e uma luz douradíssima e leve guiava por uma floresta de açudes mudos e de tranqüilas mortalidades, faz de conta que ela não era lunar, faz de conta que ela não estava chorando por dentro.” 

segunda-feira, 12 de março de 2012

For me.

Everyone says "you need to wait for better days!" but, wait, you need to do something for deserve those better days, they dont come if you do nothing. please. start doing something for you and your life and stop reclaim.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

“Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar o calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser. Que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver.” (Mar sem fim, Almyr Klin).

Love Us